I Parte: Segundo doce...

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Em 1970 um professor do laboratório de psicologia em Stanford convidou crianças de 4 anos para fazer uma experiência. Primeiro elas tinham que responder: gosta de comer marshmallows?

A resposta, como era de se esperar, sempre era sim. Em seguida, fazia uma oferta à criança. Ela poderia comer marshmallow imediatamente ou, se estivesse disposta a esperar alguns minutos, poderia comer dois quando o pesquisador voltasse. Praticamente todas as crianças decidiram esperar. Todas queriam mais doces.

O professor deixava a sala, mas dizia à criança que, se ela tocasse uma campainha, ele voltaria, e a criança poderia comer um marshmallow. No entanto, estaria abrindo mão do segundo doce.

A maioria das crianças não conseguia resistir à tentação açucarada por mais do que alguns minutos. Muitas cobriam os olhos com as mãos para não ver o marshmallow. Uma criança começou a chutar a mesa. Outra, a puxar o próprio cabelo. Apesar de algumas das crianças de 4 anos terem sido capazes de esperar até 15 minutos, muitas só aguentaram menos de um minuto. Outras simplesmente comiam o marshmallow assim que o professor deixava a sala, sem nem se dar o trabalho de apertar a campainha.

O marshmallow era um teste de auto-controle. O cérebro emocional é sempre tentado por estímulos recompensadores, como um torrão de açúcar. No entanto, se a criança desejasse atingir o objetivo e ganhar o segundo marshmallow, precisaria ignorar temporariamente as emoções, adiar a gratificação por mais alguns minutos. O professor descobriu que, mesmo aos 4 anos, algumas crianças eram muito melhores que outras em administrar as próprias emoções.

 

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