Sempre existirá saída...
Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo. Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
Quando começou a frequentar a escola todos se admiravam da sua memória. Mas, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas como os seus colegas. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro.
A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz. Isso deve funcionar para os cegos! Pensou o garoto.
Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel. Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis Braille chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.