II Parte: Segundo doce...
Saltemos para 1985. Agora, as crianças que tinham 4 anos já eram formandos do ensino médio. O professor enviou uma pesquisa de acompanhamento aos pais delas, perguntando a respeito de uma série de traços de caráter, da capacidade do filho de lidar com eventos frustrantes ou se era um aluno consciencioso.
O professor também pediu os resultados dos exames de acesso à universidade e históricos escolares das jovens. Ele utilizou os dados para construir um elaborado perfil da personalidade de cada uma das crianças.
Os resultados obtidos foram muito surpreendentes, pois havia uma forte correlação entre o comportamento da criança de 4 anos e o comportamento futuro da criança quando jovem adulto. As crianças que tocavam a campainha em menos de um minuto eram muito mais propensas a terem problemas comportamentais no futuro. Tiravam notas piores e eram mais inclinadas a usar drogas. Tinham dificuldades em situações de estresse e temperamento ruim.
A capacidade de aguardar pelo segundo marshmallow revela um talento crucial do cérebro humano. Quando o professor tentou descobrir porque algumas crianças eram capazes de resistir a tocar a campainha, descobriu que aquilo acontecia não porque quisessem menos o marshmallow. Elas também adoravam doces. Em vez disso, descobriu que as crianças pacientes eram melhores no uso da razão para controlar impulsos. Eram justamente as crianças que cobriam os olhos, olhavam para outra direção ou conseguiam dirigir a atenção para algo que não fosse o doce delicioso bem na frente delas.